quarta-feira, 20 de março de 2013

Doente, e agora?

Ontem, depois de mais de dois anos, tive uma crise alérgica daquelas. Não pensem vocês, minhas caras, que me refiro a uma crise alérgica em que apenas ocorre de o nariz escorrer e a cabeça doer. Somem a isso dores fortes no corpo, nos olhos e uma fraqueza desesperadora, além de uma febre #fdp de 39,5ºC que só baixava depois de remédios e de um banho em que me tremia toda embaixo do chuveiro. Estou melhorando, graças a Deus. Já não tenho mais sinal de febre e as dores no corpo diminuíram. 

Numa dessas não-raras discussões com minha Mãe, porém, fiquei pensando: se caso ocorrer uma dessas crises durante o intercâmbio, o que farei?

Sempre tento resolver minhas coisas sozinha desde muito tempo atrás. E desde muito tempo atrás minha Mãe não aceita que estou envelhecendo e que as decisões que são relativas a mim, a minha saúde e às minhas necessidades, não-necessidades e responsabilidades (assim como trabalho, relações de trabalho, etc.) tudo deve ser resolvido por mim e ninguém mais. Um auxílio, claro, é grandioso! Brigas, discussões, impor opiniões, desacordo, overcontrol, do contrário, não irão resolver.

Durante a crise de ontem tive todo o auxílio possível. Fui ao PA, depois comprei a pilha de remédios receitados, não tive problemas com plano de saúde ou cartão de crédito, nem transporte, muito menos acomodação, pois estive mais que confortável em meu próprio quarto, tendo meu pai vindo checar, a cada uma hora, se a febre tinha diminuído ou não, com meu irmão vindo checar se eu estava viva ou não (rs!), e depois meu pai me obrigando a comer frango "porque é proteína e faz bem". Além, claro, de minha mãe demonstrar pela milésima-não-sei-que-vez que gosta das pessoas dando bronca nelas.

E se caso eu adoeça lá? Tenho que estar pronta para poder me mobilizar sozinha? ou devo trabalhar meu sentimento de humildade e estar aberta para que a família me auxilie nessa empreitada?

Em suma, Ladies, aqui vai uma dica de quem se viu de cama em pleno feriado (municipal - padroeiro da cidade) sem conseguir abrir os olhos de tão dopada que estive:

- ao escolher suas famílias, levem também em consideração os valores que as regem.

Pensem que será pelo menos um ano ao lado de uma família que deve ter ideais e maneira de agir bastante compatíveis com os seus; pensem na similaridade em busca de compreender que as diferenças serão reais, mas que, possivelmente, serão resolvidas com o mesmo espírito que vocês já têm; lembrem que quando vocês ingressarem nessa família, suas intenções não serão apenas trabalhar para e morar na casa delas sem pagar um aluguel, é fazer parte dela. Postura de empregada ou "part of the family" vai depender de vocês e de ninguém mais.

Para as meninas que já estão em seus sonhos de intercambistas, façam por merecer! Estejam sempre dispostas a serem mais compreensivas, a serem mais flexíveis, a serem mais honestas com vocês e com suas host families. Não permitam que o orgulho e as frustrações dominem seus modos de interpretarem as situações. Integrar uma família ou não só depende de cada uma de nós! Tenhamos um discernimento mais apurado!


Boa caminhada pra gente!

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