A monografia já foi entregue, apresentada e corrigida. Há 10 dias. Ainda faltam 3 (importantes) relatórios para serem feitos. E parece que tudo realmente está em tempo de término. Hoje, por exemplo, seria o fim do mundo. #Sóquenão,
é apenas o fim do calendário Maya.
é apenas o fim do calendário Maya.
Terminar a faculdade tem sido difícil... e cada dia tem se tornado mais complicado, pois olho pra frente, para meus próprios projetos e projeções, e vejo que quase nenhum - por que não dizer nenhum? - deles se encaixa com um sentimento satisfatório daquilo que "desejo ser".
Minha monografia foi sobre "Adolescência e Escolha Profissional". Chorei diversas vezes quando me deparava com a similaridade entre os textos dos autores que usei na referencial e meu pensamento, sobre a forma como escolhi "esta profissão" - Psicologia. Outras tantas vezes travava num parágrafo por medo de seguir adiante naquela reflexão e me aprofundar muito naquilo que nem mesmo eu queria enxergar. Foi um tanto complicado. Cheguei ao fim, porém, com a sensação de "penso, então, que não é bem isso que eu quero pra mim".
Tive, durante um certo tempo, alguns diários dos quais não me orgulho muito pela grafia e ortografia, mas que, cada vez que os releio, rememoram sentimentos ímpares de uma pessoa que já fui - e talvez ainda exista muito dela hoje: indecisa em relação à profissão, insegura quanto meus próprios potenciais, confusa em relação aos projetos que tenho.
Olho minhas fotos dos convites diversas vezes e me pergunto: será? sou eu? E olho novamente aquele sorriso largo com os olhinhos miudinhos que me acompanham desde sempre e penso "É. Sou eu, sim". Sou eu? Sim, sou eu! Rs! O turbilhão de sentimentos de não fazer nada errado de agora para frente, de que sou, mais do que a própria idade já diz, adulta., os conflitos de ainda morar na casa dos meus pais, a frustração de não poder realizar minha viagem no tempo que gostaria (em meados de Março), a sensação de que as coisas seriam mais simples entre alguns familiares e eu se nós não estivéssemos tão próximos.
O que posso dizer, enfim, é que, sem dúvida alguma, estar em processo de término de um curso universitário é, sim, maravilhoso e entorpecente. Encarar um novo ano sabendo da futura não-obrigação de ler livros e mais livros, ter a noção de que não perderei mais dinheiro com cópias e mais cópias de textos "para prova", poder, graças a Deus, aposentar meus classificadores e jogar as apostilas velhas fora... não tem descrição. É soberbo, poderia dizer e, ainda assim, não seria a descrição correta.
É fim de curso. É espaço aberto para outro começo. É um mar de possibilidades. É poder começar algo novo, inesperado e desafiador: V-I-V-E-R
Abri com a seguinte frase minha monografia:
... a existência é por excelência o aberto. (Kiekegaard)
Desejo-nos sucesso!
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